Para quem apostava no ocaso da IURD em face do crescimento meteórico do “apóstolo” Valdemiro, foi surpreendido pelos números da última quarta-feira. 8 milhões em todo o país e 600 mil só na Bahia. É isso mesmo. O evento chamado pela igreja de Edir Macedo de dia D causou congestionamento em pleno feriado com dia nada convidativo à praia. Teve direito a todas as outras mazelas que cercam mega-eventos musicais tais como: arrastão, pessoas pisoteadas e há até quem diga que tinha gente comercializando drogas no local.
A demonstração de força da Universal é prato cheio para a mídia sensacionalista e um aviso para a concorrência. Na corrida pelas ofertas dos espoliados, a IURD ainda é imbatível. O anúncio em altos decibéis era que 15 mil obreiras estavam circulando pelo Parque de Exposições de Salvador prontas para recolher as ofertas. Pelas técnicas de arrecadação usadas pelos soldados do Bispo e a julgar pela grei reunida, podemos estimar que a soma pagou todas as despesas, inclusive os 4 mil ônibus vindos de todos os cantos da Bahia e ainda sobrou sobejamente.
E eu aqui acreditando em comunidade de crentes que professam a fé num Jesus que se identificou com os oprimidos e não era muito afeito a multidões. Enquanto os caras lá voam de jatinhos particulares e andam cercados de seguranças, completamente inacessíveis aos fieis, eu aqui dou um duro desgraçado para abastecer meu carro financiado em sessenta vezes e ainda tenho que agüentar as críticas de pessoas que estão cara a cara comigo todas as semanas. Enquanto os bacanas da prosperidade dão as ordens mais estapafúrdias e são cegamente seguidos por pessoas boas, mas completamente incautas, eu do lado de cá fico matutando sobre a melhor forma de propor ao rebanho um seguimento sincero e desprendido de Jesus sem encontrar o menor eco. Enquanto os gurus televisivos violam todas as regras de uma boa hermenêutica para pregar sermões moralistas e legalistas que tornam os fieis cada vez mais dependentes deles, eu no meu canto tento despertar uma espiritualidade menos dependente de regras e menos clerical e sou acusado de não ensinar bons comportamentos aos jovens e adolescentes.
O que é pior é que ainda vão chegar para mim e exigir que adote algumas das práticas da moda a fim de dinamizar o trabalho. Caso me recuse, o que na verdade vai acontecer, vão jogar em minha cara o “fracasso” ministerial tendo como vara de medir não o ministério de Jesus e sim o gerenciamento dos grandes, médios e pequenos empreendedores da fé.
Como alguém já disse que “todo ponto de vista é a vista de um ponto”, podemos presumir que o desembarque na Normandia, conhecido como o dia “D”, foi visto como o dia da Derrota para a Alemanha Nazista e como dia de Vitória para as forças aliadas. Com episódios como os de ontem ficamos com a pergunta: Quem sai vitorioso e quem sai derrotado dessa história?
É dureza!!!!!!!!!!!!!!!
AFA Neto
AFA, se aqui cabe um conselho ....sigamos em frente para o alvo do nosso chamado..Jesus foi traído por um dos seus discipulos, negado por um dos seus amigos mais intimos, abandonado por todos os seus seguidores e morreu como um crimisoso do ponto de vista Humano um fracasso... porém ELE rescussitou e esta vivo e um dia voltará dai...não mais seremos aflingidos ...vamos em frente! um abração Indy
A confusão gerada neste evento e a quantidade de carros, a capacidade e arrebatar multidões pelo que eu vi na quarta feira 21-04-2010 vindo do aeroporto. só posso considerar este dia como o dia (D-TOMAR $$$$$).
...o dia "D"...
Seria cômico se não fosse tão trágico...
Não seria o dia do Din... (rsrsrsr)
D, D, D, D, D, essa letrinha quer dizer tanta coisa...
Deixemos pra lá...
Que estejamos realmente com Cristo, em Cristo e só, somente isso basta...
Amém...
Meu amigo Neto, Sei do seu desapontamento com a IURD, todavia acho que nós em nossas desorganizadas denominações é que somos fracos, pois, uma igreja que tem capacidade de fazer o que foi feito no dia D, demonstra o grande poder de gestão de Edir, pois não há uma outra igreja que tenha a capacidade de agregar tanta gente em um só dia em todo país. Quanto as ofertas, deixemos de ser ipocritas, pois se a biblia não falasse em dizimos e ofertas, não haveria tantas igrejas, e ninguem queria ser pastor, nem vç meu caro amigo! se vç não anda de jatinho e paga parcelas do financiamento de seu carro, Edir tem a receita! é só passar pra o lado dele e serás prospero! na sua igreja pede oferta...na minha também, a diferança é que Edir sabe pedir e gerir e nós talvez tenhamos que apreder com ele... Forte Abraço.
Grande Fabio, prazer ter sua participação neste espaço.
Só para interagir rapidamente faço algumas anotações:
1. Concordo com a crítica à desorganização das nossas igrejas. Nada tenho contra gestores organizacionais, minha bronca é contra os gestores da fé e as diferenças entre eles são abissais;
2. A Bíblia fala em dízimos e ofertas, mas numa perspectiva completamente oposta àquela dada por Edir e, me parece, por vc.
3. Por mais que lhe pareça natural o ministério pastoral como carreira; quero lhe informar que há 23 anos quando me senti chamado para o sacerdócio e fui rigorosamente testado pelos diversos crivos da minha denominação para aqueles que se sentem chamados ao Sagrado Ministério; não o fiz por visar rendas financeiras e sim por sentir-me compelido pelo Senhor a cuidar de pessoas.
4. Por fim, quero assegurar-lhe que não tenho o menor interesse de passar para o lado de Edir. Aliás, vc foi muito feliz quando nos colocou (a mim e ao Edir) em lados opostos. Definitivamente não professamos a mesma fé e nem servimos ao mesmo Senhor.
Grande Abraço e precisamos nos encontrar para acertar a questão da pós.
É isso aí, Afa!
Eu ainda me iludo esperando o fim de tudo isso e a exterminação de todas baratas da face do universo!
Abraços
Tim
Alguém já nos alertou certa vez:
"Larga é aporta e são muitos os que entram por ela..."
Em outro lugar há um recadinho para nós: "... o que se requer do despenseiro é que ele seja encontrado fiel."
Sua inquietude é a minha. Resta-nos descansar na soberana graça de Deus, confiando que Ele é o Senhor da história.
Abração