Quem diria que o casamento seria um gesto de contra-cultura? Um dos símbolos da tradição, a instituição que atravessou a história como guardiã do conservadorismo, chega à pós-modernidade como algo que se move na contramão do fluxo dos acontecimentos. Surge como afronta acintosa à tendência de rejeitar vínculos e de viver como se o outro fosse sempre um inferno. Casar para viver e conviver, sem a possibilidade da separação como primeira opção para equacionar conflitos, é alternatividade.
Falei essas coisas para Fabrício e Fernanda na última sexta-feira na cerimônia do casamento deles. Ironia! Eles não estavam perpetuando uma tradição cegamente seguida que milita contra o bom senso e o bem estar das pessoas. Eles denunciavem que as relações líquidas, efêmeras e descompromissadas destes nossos dias só conseguem gerar patologias. Eles proclamavam que o alheiamento do sujeito e sua aversão a vínculos, gera seres egoistas e egocêntricos.
Alguem falou que esses nossos dias são marcados pela “compromissofobia”. Temos medo de compromissos pois eles implicam em convivência, em responsabilidade com o outro, em cuidar do outro. Preferimos terceirizar o cuidado para a televisão ou a internet, a gastar tempo com o outro. No casamento atamos laços que esperamos sejam duradouros.
Agora, mais do que nunca, podemos falar para os noivos: Vão se amarrar, êin?!
Realmente nos ultimos tempos temos passado por muitas mudanças, mas nada se compara com a mudança da mentalidade das pessoas quanto ao casamento, vemos muitas pessoas que se casam hoje e amanha se nao gostarem do penteado do conjuge, se separam e procuram outro, em que o penteado esteje melhor, uma certa vez num encontro de casais, ouvi alguem dizer que se nos casamos para sermo felizes teremos um casamento fracassado, mas se nos casamos para fazer o outro feliz este casamento sera ate que a morte os separe, temos que defender o casamento, pois é uma das unicas instituicoes capazes de melhorar a nossa sociedade.